sábado, 9 de junho de 2012

A RELIGIÃO VIROU COMERCIO?

A RELIGIÃO VIROU COMÉRCIO? Sei que vou tratar de um tema polêmico, pois tem um ditado que diz: mulher, futebol e religião não se discutem, pois cada um tem a sua. Porém, como o assunto ética é um tema que gosto de discutir, então me questionei, será que o papel exercido atualmente pelas religiões tem sido ético? Será correto vender o céu? Prometer milagres e fortunas em troca do suado dinheiro conseguido com muito trabalho, é honesto isto? Será que não transformaram a religião em um lucrativo e desleal comércio uma vez que são isentos de impostos? Porque pessoas entram pobres e pouco tempo depois passam a desfilar como novos ricos? Como conseguiram a fortuna, alguém tem se perguntado? Como prega os religiosos, começo citando Mateus, no Cap. 10, versículo 08: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai leprosos, expeli demônios. DAÍ DE GRAÇA O QUE RECEBESTE DE GRAÇA”. Então me pergunto: o que justifica estes pregadores praticamente imporem a entrega de dinheiro e bens, de parte das suas “ovelhas”? Claro que dirão que as doações são espontâneas, então porque as ameaças a difusão do medo e da discórdia? Quer confirmar, é só entrar em uma dessas igrejas. Alguns dirão que a igreja tem despesas correntes, então onde se encaixaria a citação de Mateus? Entre as fontes de receitas das igrejas, temos o consagrado dízimo, que algum analista mais versado, o considera como crime de SIMONIA, se amparando no versículo dos Hebreus 7,5 que cita: “apenas os filhos de Levi, aqueles que se tornarem sacerdotes podem receber o dízimo, ou seja, aqueles que forem ungidos por Deus e responsáveis pela obra do Senhor devem recolher os dízimos, do resto não podem receber o seu dízimo”. Portanto é fundamentado nestas afirmações, que as pessoas que estudam os atos legais religiosos, que enquadra ao dízimo em crime de Simonia, entendendo está se comercializando coisas sagradas, divinas e eternas, e o pior, em nome do Senhor. Talvez, seja diante de tanta facilidade de ganhar dinheiro, que se assiste a cada hora o surgimento de uma igreja. Hoje temos igreja em cada esquina das ruas. Já virou moda dizer sou cristão, como se todos não fôssemos, sendo bastante que você professe uma religião que siga os ensinamentos deixados por Cristo para ser cristão. Assistem-se, em nome da pregação, pessoas que se dizem pastores - neste espaço entendido como pregadores religiosos -, ocuparem espaços no rádio e televisão para vociferar contra aqueles que não seguem os seus ideais. Porém uma coisa me deixa intrigado: todos sabem que um minuto na televisão é caríssimo, imagine uma hora? De onde provêm estes recursos? Talvez este seja um dos motivos de vermos tanta gente incrédula e sem acreditar nas religiões aí constituídas, onde nenhuma tem feito de Cristo os seus passos, e sim, se utilizam do nome Cristo para justificar a exploração da fé humana. As religiões que deveriam ter sido criadas para apoiar a humanidade, principalmente em seus momentos de fraqueza, os seus pastores tem feito dela o meio de usá-la em benefício próprio, utilizando-se de rituais para paralisar e amedrontar as pessoas, de forma que possam tirar proveito. Será que foi esta a passagem de Cristo na Terra? Não se lembram que um dos primeiros atos dele foi exatamente expulsar os vendilhões do templo? E o que fazem hoje não é o mesmo daqueles que Cristo expulsou ou estou enganado? Porque não se ouve mais esta citação nas diversas pregações? Será que como tantas outras, também já excluíram dos textos bíblicos modernos? Alguém ainda está lembrado daqueles padres e pastores humildes, andando a pé, indo nas casas das roças, visitando as famílias, indo aos hospitais levando a paz para os doentes. Claro que não, pois isto é coisa do passado, o que vemos hoje, é igrejas cada uma mais suntuosa do que a outra, disputando poder entre si, padres e pastores em carrões modernos, com casas de veraneio luxuosas, levando uma vida que muitos empresários invejam e se Cristo não voltar a tempo, como eles berram toda hora, serão eles que irão assumir o seu lugar, isto se alguns não já assumiram. Portanto, hoje, a religião se transformou em porta de entrada tanto para aqueles que estão em busca de consolo e fé, como também para os espertalhões que viram nela a saída para os seus problemas financeiros e tem feito dela o meio de enriquecimento ilícito. Então deixo a pergunta, para a qual espero um dia obter a resposta: Não será as religiões nos tempos atuais um comércio? Apenas uma curiosidade: em um trabalho jornalístico feito pela Folha de São Paulo, (...) “bastaram cinco dias úteis e R$ 418,42, somando gastos com cartório e obtenção de CNPJ, para a reportagem da Folha criar uma igreja. Com o número no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, os três fundadores da igreja puderam abrir uma conta bancária e fazer aplicações livres de Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeira”... Enquanto isto, uma pessoa qualquer que queira abrir uma micro ou pequena empresa, pena e pena muito para conseguir regularizar-se, sendo estes um dos motivos da informalidade.Palavradesa

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