sábado, 8 de dezembro de 2012

Carta Aberta à Marlene Alves Sousa Luna por Félix Araújo Filho


Redação | 07.Dezembro.2012
Em socorro à reitora da UEPB ex-prefeito diz que “exorcismo mais eficaz é o tempo”


O advogado Félix Araújo Filho, ex-prefeito de Campina Grande, divulgou hoje nas redes sociais uma carta aberta que endereçou à reitora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Marlene Alves, consolando-a a respeito dos estragos causados pela mídia com a divulgação de um relatório do Tribunal de Contas do Estado sobre a sua gestão à frente da instituição.
Félix, que ao sair da PMCG enfrentou um longo calvário, inclusive com acusações apontadas por relatórios do TCE-PB, diz à magnífica fazendo questão de informar ter “experiência própria”, que “o exorcismo mais eficaz é o tempo”.

Segue a carta de Félix:

“Carta aberta à Marlene Alves Sousa Luna:

A expressão “Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas”, para os que vagam no universo do entendimento tardio (ou insuficiente) das regras constitucionais, soa como a abertura de um ataúde empoeirado, de onde se levanta um vampiro horrendo e sedento de sangue. Tem gente que treme, só de pensar na mordida do hematófago desalmado. Há também aqueles que gostam da cripta e veneram os seus terrores. Estes atiçam o espírito do rancor político e se entregam de corpo e alma ao bicho das trevas. E num ritual macabro, que freme entre insensatez e a irresponsabilidade, correm em busca do primeiro microfone disponível para professar toda a crença e submissão ao que é apenas sombra. Apressados, agem assim para colher num nevoeiro transitório, antes que o nascer do sol pulverize a assombração, todo o proveito possível dos pescoços ingênuos, aqueles mais sensíveis às aparências do que à realidade.

Mas, não é nada disso. O Tribunal de Contas é uma instituição técnica. E como órgão auxiliar da administração pública, é, por sua natureza e destinação, averso a afetações e oportunismos. Os relatórios de suas auditorias, sobremodo quando ainda não submetidos ao olhar experiente e exaustivo dos Conselheiros, não se prestam – nem podem prestar-se – como argumento de condenação antecipada. Daí por que, não sevem para incensar barulhentas represálias eleitoreiras ou pessoais, menos ainda para patrocinar cerimônias mórbidas de profanação da honra alheia.

Sei bem, Marlene Alves Sousa Luna, que não é do seu talhe perfilar entre os tremem nem curvar-se a aparências. Por isto, Reitora, você que tanto lutou, construiu e fez crescer a nossa Universidade, certamente, ao primeiro bafo do enxofre demagógico, já pôs um colar de alho, benzendo-se três vezes. Agora, só esperar. Neste caso, o exorcismo mais eficaz é o tempo. Juro de pés juntos, professora. É experiência própria.

Félix Araújo Filho
Fonte: Da Redação

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