segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

HAVERÁ MUDANÇAS? NOS NOVOS GESTORES.



2013, ANO DE NOVOS GESTORES. HAVERÁ MUDANÇAS?




Iniciamos 2013 com os municípios brasileiros recebendo os seus novos administradores eleitos em outubro passado.
Alguns reeleitos, outros retornando e alguns neófitos em administração pública.
Em nosso país já se tornou lugar comum no ambiente político a cooptação ou adesão, utilizando como pano de fundo, a necessidade de se criar condições para a governabilidade.
Porém o argumento da sustentabilidade cai por terra, quando assistimos a troca de favores e o inchaço da máquina pública, com parentes, aderentes, amigos e cabos eleitorais, daqueles que aderiram mudando o discurso de campanha.
E este quadro já se desenha durante a campanha, quando os candidatos ao executivo se veem obrigados a fazer alianças com outros partidos políticos aliados ou não, visando alguns segundos a mais no horário eleitoral, com isto passa a assumir compromissos cuja fatura será apresentada a posteriori.
O eterno argumento da sustentabilidade para a governabilidade, não passa de acordos espúrios firmados anda no período pré-eleitoral, colocando em jogo e a serviço dos aliados e ou cooptados a máquina pública. Não se faz alianças com base em programa de governo. Faz-se aliança em busca de acomodar os amigos em cargos públicos
Ao fazer as alianças, o futuro gestor deve ter a certeza que durante todo seu mandato estará andando sobre fio da navalha, uma vez que ao formalizar a aliança, o candidato após eleito, mesmo que não queira, inicia um processo de traição. Não só aos seus princípios, mas e principalmente, naqueles que o escolheram nas urnas.
É do conhecimento de todos que vivem no ambiente político, que toda adesão traz no seu bojo, a troca de favores, entre eles o loteamento da máquina pública, uma vez que o recém-aliado, e os financiadores de campanha quase sempre no anonimato passa a exigir e cobrar cargos e que seus programas passem a compor o programa do eleito, adaptando-o, mesmo que as ideias não tenham nenhuma relação com os apresentados durante a campanha eleitoral, pelo candidato vitorioso.
E este desafio, nenhum candidato tem coragem de enfrentar, como não tem coragem de montar a sua equipe, sem que os cargos sejam rateados entre os amigos que o apoiaram. Fica sem a independência política. Com isto, aquele desafio de se fazer uma política decente, voltada para o bem estar da população passa a segundo plano, uma vez que, diante das circunstâncias, o mais comum é ocorrer após o resultado eleitoral final, no outro dia já se iniciar o processo de traição, esquecendo às promessas firmadas de campanha e dos seus princípios.
Sabemos não existir político santo, como também não há homem público que nunca tenha cometido erros. Seria uma infantilidade de quem acreditasse desse milagre, até porque errar faz parte da natureza humana. O que seria importante era que nossos políticos fizessem de cada erro, um aprendizado, que o erro lhe servisse de lição e ensinamento, e que não se deixassem levar pela repetição dos mesmos erros, muito comum no meio político nacional.

É a partir daí, dos acordos pré e pós-eleitoral, das adesões interesseiras, da cooptação que o político começa a andar pelo fio da navalha, tendo que se equilibrar sob pena de ser decepado, pois passará a viver e conviver com a máxima que é dando que se recebe.
Passada as eleições, tudo volta a realidade nua e crua. A festa acabou. É hora de refletir sobre as promessas feitas e como cumpri-las, dentro de um sistema em que os políticos querem apenas manter as suas benesses e defender unicamente seus interesses, mesmo que esse interesse vão de encontro das necessidades da maioria.
Como então conviver neste ambiente sem se prostituir ou até mesmo destruir a imagem que cultivou por longos anos?
O que eleitor espera dele? Apenas ver atendido nas suas necessidades básicas e o mínimo que exige é que as promessas de campanha se tornem realidade, jamais que seja traído. Mas infelizmente, é o primeiro que ocorre, a traição e o esquecimento das promessas, fazendo com que os sonhos da população venham abaixo, sem dó nem piedade.
Já faz parte do caráter de nossos homens públicos, a mentira e a traição. Esse é um processo para eles, natural. E não irá desaparecer como um passe de mágica, nem de uma hora para outra e agora também se estendendo aos próprios partidos aliados. Como se não bastasse e não precisasse ser politico para que quando ganha, pode ate ser um candidato simples, mais aprende rápido de toda sacanagem, de toda traição, e de todas falcatruas, que todos políticos experimentado conhece, sem precisar sentar nos bancos das universidades ou nunca ter lido "O PRINCIPE" Nicolau Maquiavel(1513) Valendo a máxima. “SE QUISER POR À PROVA O CARÁTER DE UM HOMEM, DÊ-LHE PODER” Abraham Lincoln

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