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quarta-feira, 3 de abril de 2013
A VÍTIMA SOMOS NÓS.
A VÍTIMA SOMOS NÓS
Podemos afirmar sem medo de errar, que o meio político nacional chegou ao fundo do poço e que não é possível que ainda haja buraco para que consigam descer mais abaixo.
Depois de tantos escândalos, ainda temos que engolir condenados pelo STF que assumam ou continuem exercendo seus mandatos, como se nada tivessem praticado. É uma afronta não só ao Judiciário, mas a população brasileira e a Constituição Federal.
Esses fatos só vêm confirmar que o Congresso Nacional virou um ajuntamento de pessoas sem princípios e sem ética, os quais, infelizmente eleitos por nós eleitores, muitos por falta de educação e que atrela seu voto às promessas de bolsas, cotas, bujões de gás e dentaduras, já outros por interesses escusos, sem a menor consciência cívica, transformando aquela que deveria ser uma Casa de respeito em um antro de homens sem caráter e sem pudor.
É vergonhoso, assistirmos José Genoíno, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha ser recebido na Câmara de deputados por seus pares com ovação. E não é só ele que nos envergonham mais todos que estão a acobertar os que praticam ou agem com desvio de personalidade.
Quando pensávamos que já havia visto tudo, o Congresso nos dá mais um exemplo de imoralidade e falta de respeito a população brasileira.
Nunca na história do Congresso ocorreu uma eleição para presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados reunindo candidatos tão suspeitos de corrupção, como os atuais eleitos - Renan Calheiros (PMDB-AL), no senado e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na Câmara.
Hoje, as pessoas se veem obrigadas a assistir José Dirceu ser ovacionado por onde passa pelos ‘valorosos’ petistas, os mesmos militantes que até pedra jogavam naqueles que praticavam o mínimo desvio ético. Mas ao PT tudo é permitido.
E pior ainda é ver o Sr. Dirceu afirmar em seu blog que o senador Renan Calheiros é vítima de campanha de falso moralismo orquestrada pela mídia e por grupos organizados.
Ora é querer tapar o sol com a peneira. Ou será que Renan renunciou a presidência do senado por que nada de errado havia feito? E as mentiras contadas que feriram o decoro parlamentar e o enriquecimento ilícito. Será então que tudo era falso? E olha que muitas das denúncias foram feitas a época pelo PT e pelo próprio Dirceu.
Apenas para lembrar ao Sr Zé Dirceu e seus seguidores que Renan Calheiros comandou o Senado de 2005 a 2007, mas não chegou a completar o mandato, pois foi forçado a renunciar à presidência para não correr o risco de perder o mandato de senador.
Na época descobriu-se que o lobista de uma empreiteira pagava a pensão devida por Renan à mãe de um filho dele fora do casamento. Para provar que tinha recursos suficientes para justificar seu patrimônio, Renan forjou a venda de gado.
Deu azar, pois a Polícia Federal constatou o contrário.
Para completar o procurador-geral da República em razão dessas provas denunciou Renan ao Supremo Tribunal Federal por uso de notas fiscais frias.
E tem mais, para chegar a presidência do Senado pela segunda vez, mesmo contra o clamor popular Renan se empenhou em salvar a pele dos governadores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz, na CPI do Cachoeira.
Além dos governadores, Renan advogou em favor de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta; de jornalistas e do próprio Cachoeira. Levando a CPI em acabar em pizza.
Desta forma, a eleição de Renan para a presidência do Senado e a de Henrique para a presidência da Câmara só vem a demonstrar para o País que nas duas Casas a ética e a moral não são práticas usuais dos seus pares.
Pela forma que o PT hoje defende as falcatruas, os desvios éticos, morais e dos recursos públicos, podemos concluir que Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha, e os quase quarenta mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, também não passam de pobres vítimas, ao ponto dos petistas ameaçarem sair as ruas para pedir a anulação do julgamento.
Em outros tempos a militância petista e de esquerda e os caras pintadas saiam às ruas para pedir que a justiça fosse feita e cumprida, agora eles pregam o império da impunidade. Mas para eles, para os adversários não. O caso Lula/PT não foi mensalão e sim caixa dois, mas o caso de Minas com as mesmas características, este sim é que foi mensalão. Pode?
E como não temos uma oposição efetiva que se insurja contra isso, até porque já estiveram no Poder e fizeram coisas iguais ou até piores, tendo portanto telhado de vidro, não podendo jogar pedras no telhado dos outros, ficando uma situação cômoda para os governistas e aliados.
Ou alguém acredita que Aécio Neves que se apresenta como candidato da oposição é algum santinho? Pelo contrário, no governo de Minas pintou miséria com os professores e funcionários públicos, amordaçou através de ameaças a imprensa, e esteve envolvido em ações nada recomendáveis, que com certeza virão à tona na campanha eleitoral, quando será desmistificado o “mito”.
E o perigo está aí. Pois o PT e aliados são capazes de tudo a quem ousar destoar ou enfrenta-los, usando até de acusações levianas e mentirosas, além de sempre insistirem no slogan emocional de que as elites e a oposição não se conformam com o País ter sido governado por um ex - presidente operário e de ter uma presidente ex-guerrilheira.
Ora quem conhece a vida de Lula sabe que ele nunca foi militante de esquerda, dito pelo próprio; como operário o foi por muito pouco tempo, pois sua inabilidade custou-lhe um dedo, levando-o a aposentadoria e sendo alçado ao ambiente do sindicato dos metalúrgicos e considerados por alguns sindicalistas à época como pelego.
Como presidente agiu como os demais, ou seja, governou com os olhos voltados para as elites.
Quanto à Dilma, esta sim tem história, junto aqueles que lutaram contra a ditadura militar, apesar de como presidente tem deixado a desejar no que se refere aos sonhos plantados à época.
Diante do que hoje vivemos, podemos concluir que as vítimas somos nós.
Postado por Francklin Sá às 17:21
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